O tratamento conservador é uma terapia para o paciente renal
conseguir preservar a sua função renal e retardar o seu ingresso na hemodiálise
ou diálise peritoneal.
Quando o médico nefrologista diagnostica o paciente como
renal crônico ele o direciona para fazer o tratamento conservador, que será
feito através de uma alimentação mais saudável para o paciente preservar por
mais tempo a sua função renal, causando menos danos aos rins e ao organismo em
um todo.
Vale a pena? Sem dúvida nenhuma, vale! E muito!
O paciente renal irá restringir a sua alimentação,
entretanto, ele ganhará qualidade de vida, e o melhor de tudo, demorará a enfrentar
uma máquina de hemodiálise e todas as suas consequências.
Preservando a função renal, o paciente continuará a urinar,
o que é um alívio, porque apesar de não retirar todas as toxinas do corpo, pelo
menos vai retirar o excesso de água do organismo. O que é muito bom, pois o
paciente poderá tomar água a vontade, não precisará controlar o volume hídrico ingerido
durante todo o dia e não ficará inchado, o que poderia ajudar a pressão
arterial a se elevar.
O tratamento conservador é a melhor solução para o paciente
renal crônico retardar o seu ingresso na diálise.
Por que fazer o tratamento conservador já que o IRC sabe que
dentro de um certo período deverá ingressar no programa de hemodiálise ou
diálise peritoneal?
Para muitas pessoas poderá ser difícil começar o seu
tratamento, mas pense bem, é melhor, muito melhor, conseguir se cuidar a partir
de hoje do que antecipar a diálise.
No meu caso, eu fui diagnosticada com uma doença hereditária:
rins policísticos, aos 26 anos. A minha função renal chegou aos 10% somente aos
51 anos, data que iniciei a diálise peritoneal. Valeu a pena!
Ao ingressar na diálise, seja ela hemodiálise ou diálise
peritoneal, a dieta continuará, mas será diferente do tratamento conservador,
pois nesta fase os rins estarão abaixo de 10% de funcionamento. Cada paciente
terá uma dieta, pois é certo que cada pessoa é diferente e seus níveis de
creatinina, ureia, potássio, sódio, glicose etc. irão identificá-la para uma
direção alimentar.
O paciente com diabetes, ou outra doença diagnosticada terá uma
dieta diferente. Toda a dieta alimentar será orientada pelo médico nefrologista
e também pelo nutricionista. Na Clínica de Diálise o paciente renal terá toda a
informação necessária ao seu tratamento.
Eu comecei com a alimentação. No meu caso, sou eu que
preparo o almoço e o jantar.
Diminuí o sal em todos os pratos (quem sentir falta,
adiciona mais sal no seu prato).
Evitei comer embutidos: salsicha, presunto, salame,
mortadela, calabresa (não faz falta deixar de comer e não como até hoje, nem
ligo).
Evitei enlatados em geral (contém muito sódio – evito comprar
enlatados).
Refrigerante eu não bebo. (gosto de uma cervejinha, mas tomo
pouco por causa do fósforo).
Eu bebo bastante água porque minha função renal residual ainda
é boa.
E uma atividade física? Uma boa caminhada faz bem para o
corpo e a alma!
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