A diálise peritoneal não é complicada de se fazer. Vira
uma rotina, assim como lavar o rosto e escovar os dentes ao acordar.
O que pode ser mais difícil para quem precisa conviver
com a diálise peritoneal é o cateter.
É preciso tomar muito cuidado com ele
para não dar infecção no óstio (segundo o Dicionário Michaelis: óstio ós.tio sm - lat ostiu) Anat Abertura que dá acesso a órgão tubular; ou que se encontra entre duas cavidades corporais distintas; ostium), que é o orifício por onde passa o cateter, que fica a dez centímetros do umbigo.
O que mais acontece é o tracionamento involuntário do
cateter, machucando o óstio e criando uma pequena ferida. Mas tudo é uma
questão de cuidado, curativo diário bem feito, higiene e atenção.
Outra parte difícil do tratamento é o equilíbrio dos
minerais no nosso organismo. Vou falar um pouco sobre o fósforo, cálcio,
potássio e sódio.
O fósforo é um mineral existente no organismo e nos
alimentos sob a forma de fosfato.
O fósforo junto com o cálcio, asseguram ossos e dentes
fortes. Os níveis de fósforo e de cálcio no organismo deixam de ser regulados
quando os rins não funcionam normalmente.
Coceiras e olhos avermelhados são sinais de excesso de
fósforo. A falta de equilíbrio entre cálcio e fósforo pode levar a alterações
do funcionamento da glândula paratireoide e a alterações ósseas.
Para controlar os níveis de fósforo e de cálcio, devemos
fazer dieta, usar o quelante de fósforo nas refeições e fazer a diálise. O
quelante de fósforo (cloridrato de sevelâmer) evita que o alimento digerido
seja absorvido pelo sangue, sendo eliminado nas fezes. Tenho que tomar esses
comprimidos várias vezes ao dia, sempre que como um alimento que possa ser
prejudicial, como algo que contenha leite, por exemplo.
O potássio em excesso pode fazer mal ao nosso coração.
Caso não seja eliminada na diálise, devemos controlar na dieta comendo
alimentos com pouco potássio.
O sódio existe em quase todos os alimentos e a perda da
função renal poderá acumular o sódio no organismo fazendo a retenção de
líquidos no nosso organismo. Novamente devemos controlar com a dieta usando
pouco sódio.
Conclusão: o paciente renal crônico deve ficar atento a
sua alimentação!
Outro cuidado importante são as vacinas que devem ser
administradas antes do transplante renal.
Desde o nosso nascimento tomamos várias vacinas. Todo
indivíduo deverá ter uma carteira de vacinação e ser responsável por ela.
Após começar a diálise, seu médico pedirá para você tomar
algumas vacinas para imunizar essas doenças do corpo. Após o transplante renal
é de praxe tomar alguns medicamentos como imunossupressores. Isso vai deixar o
seu organismo vulnerável, ou seja, é muito mais fácil você pegar um resfriado
ou qualquer outra doença.
Desde que minha função renal baixou para 12% comecei a
tomar as injeções de eritropoietina.
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