Finalmente
chegou o dia do nascimento do nosso 4º neto.
Fomos
avisados de repente, em plena madrugada, enquanto eu estava fazendo diálise.
Evidentemente, terminei a diálise normalmente e, pela manhã, começamos os
preparativos para uma viagem de 270 km.
Como foi tudo
repentino, não havia como deixar tudo preparado de antemão.
Fizemos uma
reserva num hotel que oferecia excelentes condições de higiene, limpeza e
espaço adequado no quarto. Levamos a cicladora de diálise acondicionada em sua
própria mala de viagem (fornecida pela Baxter), duas caixas de solução
dialítica num total de 6 bolsas de seis litros cada, os equipos de cassete e os
drenos e até o garrafão de 20 litros para descarte da solução drenada, além dos
demais acessórios e materiais de assepsia.
Deu uma bela
bagagem acrescida das nossas malas de roupas. Isso porque pretendíamos ficar 5
dias fora de casa.
Todo esse
esforço valeu a pena porque vimos chegar ao mundo um lindo garotinho, com o
qual pudemos desfrutar agradáveis momentos em seus primeiros 5 dias de vida.
Acima de tudo,
este fato foi a grande motivação para arriscar a fazer, pela primeira vez, a
diálise fora de nossa casa.
Deu tudo
certo, porque levamos tudo o que era necessário ou que pudesse ser necessário.
Assim, à
noite, num amplo quarto de hotel improvisamos com a mesinha porta-mala do
quarto o local para colocar a cicladora, uma cadeira serviu para colocar a
segunda bolsa e duas caixas empilhadas (as próprias caixas da solução dialítica
da Baxter) para colocar o material de assepsia, tudo forrado com plástico. E
ainda, o garrafão para o descarte, entre a máquina e a cadeira. Tudo funcionou
maravilhosamente.
Um plástico foi
estendido sobre a cama para os procedimentos iniciais de lavagem do material.
Com o aproveitamento do
porta-malas, de uma cadeira e de duas caixas empilhadas foi feito um arranjo
funcional. Tirei a foto enquanto estava na primeira permanência da diálise.
Pela manhã
era só desmontar toda a bagunça e colocar tudo em ordem. Não dava para perceber
que naquele local houve um procedimento desta natureza.
Depois era o tempo
de tomar o café da manhã e correr para a maternidade para curtir o nosso novo
netinho.
Ficamos
animados já que, dentro de um mês e meio aproximadamente, deverá nascer mais uma
netinha em outra cidade.
Agora, com 10
meses de diálise feita em casa, já adquirimos bastante experiência.
E como fomos
bem sucedidos nesta viagem estamos animados a, de vez em quando, sair da rotina
da diálise feita em casa e viajar um pouquinho.
Afinal a
gente merece!
Parabéns! Continue com o blog!
ResponderExcluirParabéns pela decisão de viver a vida plenamente. Meu marido tb é renal em dialise peritoneal e viajamos muito. Até para o exterior nós vamos. Levamos a máquina da Baxter e todo material a Baxter entrega em qualquer país, é só programar direitinho que dá tudo certo. Somos a prova viva disso. Assim vamos levando a vida, feliz e viajando muito.
ExcluirA vida, às vezes, se torna tortuosa e desgastante, mas acredito que devemos torná-la mais tranquila, harmoniosa e feliz usando o maior recurso que está dentro de nós, o amor!
ExcluirQuem sabe, um dia, iremos pro exterior e acrescentaremos mais um aprendizado na nossa vida. O que não podemos fazer é se entregar e ficar em casa achando que está tudo perdido.
Parabéns à vocês por encararem a vida desta forma.