Quando o paciente com IRC (Insuficiência Renal Crônica) passa a fazer diálise peritoneal ou hemodiálise, não havendo possibilidade de transplante com doador vivo relacionado, poderá, após fazer a avaliação pré-transplante, entrar na lista de espera com doador cadáver. Feito o cadastro na fila do transplante, será colhida uma amostra de soro no laboratório de imunogenética. Essa coleta deverá ser renovada a cada três meses.
Quando aparecer um doador cadáver com a mesma tipagem sanguínea que a sua, seu soro servirá para a realização da prova cruzada, com células do doador cadáver, para verificar se o seu organismo "aceitará" o novo rim.
O transplante irá oferecer a esses pacientes uma qualidade de vida melhor. A diálise é uma substituição da função renal e somente o transplante oferecerá uma função renal plena.
O paciente transplantado poderá ter uma dieta sem tanta restrição, o que é muito bom! Quem faz hemodiálise tem que limitar até a água ingerida!
O transplante renal é o procedimento cirúrgico no qual um rim, que anteriormente era de outra pessoa (doador), é colocado em um indivíduo cujos rins não funcionam mais (receptor). Este rim passa a desempenhar todas as funções que os rins originais não são mais capazes de fazer.
Quem pode ser doador?
Um deles é o doador vivo relacionado, ou seja, um parente (avós, pai, mãe, irmãos, irmãs, filhos, tios, sobrinhos, primos até segundo grau, inclusive cônjuges), maior de idade e capaz, que durante a sua vida doa, gratuitamente, um de seus rins ao paciente.
Outro tipo é o doador vivo não relacionado, que é o indivíduo que não tem nenhum dos graus de parentesco definidos acima e que, sendo maior e capaz perante a lei, decide espontaneamente, sem coação e sem remuneração financeira, doar um de seus rins a outra pessoa. Este tipo de doação só é autorizado mediante autorização judicial.
Nos dois casos acima o doador tem que ser pessoa saudável, sem doenças, comprovada através de avaliação médica e laboratorial.
Outro tipo de doador é o doador cadáver.Neste caso o doador é uma pessoa que está em morte encefálica e cuja família autorizou a equipe médica a realizar a retirada de órgãos para transplante.
Veja como funciona o sistema de doação/transplante de órgãos:
Só pode haver transplante se houver compatibilidade do tipo de sangue entre o doador e o receptor, ou seja:
O melhor doador é aquele que, além da compatibilidade do tipo de sangue, tem os antígenos de histocompatibilidade mais semelhantes ao receptor, ou seja: os tecidos do doador são imunologicamente compatíveis com o receptor.
Esses antígenos são determinados através de um exame de sangue que se chama tipagem HLA (abreviatura em inglês de Antígenos Leucocitários Humanos).
Assim, o doador ideal é um irmão gêmeo univitelino. No entanto, é pouco frequente encontrar pacientes com este tipo de doador.
Em segundo lugar, são os irmãos e/ou irmãs com antígenos de histocompatibilidade idênticos.
Depois, os irmãos que possuem 50% dos antígenos de histocompatibilidade iguais ao receptor, e os pais.
Em seguida vem o doador cadáver.
Boa sorte para todos nós pacientes renais, que enfrentamos todos os dias a diálise e hemodiálise, esperando um dia conseguir o transplante renal.
Veja na ilustração abaixo todos os órgãos que podem ser doados e quantas pessoas podem ser ajudadas.
Muito esclarecedor Hélinha! Parabéns!...Mireia
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